top of page
  • André Fuck

Nódulos de tireoide

Estima-se que cerca de 60% da população brasileira terá um nódulo na tireoide em algum momento da vida. Apesar dessa prevalência alta, a chance de um nódulo na tireoide ser maligno é relativamente baixa (cerca de 5% dos casos). A grande maioria são lesões benignas que, de um modo geral, não causam problemas ou sintomas ao paciente.


Apresentam maior prevalência em mulheres, pessoas acima de 40 anos ou com história familiar de nódulos na tireoide. A maioria deles são encontrados incidentalmente em exames de rotina, como o próprio ultrassom de tireoide ou outros exames de imagem da região do pescoço. Quando maiores de 1cm, geralmente são palpáveis pelo paciente ou pelo médico assistente.

Porém, em alguns casos, podem ser sintomáticos ou trazer algum tipo de consequência ao paciente. Como exemplos, podemos citar:


  • Dor local ou desconforto: geralmente relacionado a nódulos de aparecimento recente e crescimento rápido ou a nódulos inflamatórios;


  • Hipertireoidismo: excesso da produção hormonal por nódulos autônomos. Como exemplo, podemos citar: taquicardia, palpitação, insônia, perda de peso, sudorese, diarreia, entre outros;


  • Problemas estéticos: nódulos grandes costumam ser aparentes a olho nu e incomodam o paciente;


  • Dificuldade para respirar ou engolir: nesses casos, geralmente os sintomas são causados por nódulos grandes ou múltiplos, com crescimento importante da tireoide para a região interna do pescoço.


Alguns exames de avaliação dos nódulos que podem ser úteis são o ultrassom, a tomografia, a cintilografia e a punção com agulha para biopsia, além, é claro, de exames de sangue que avaliam a função tireoideana (dosagens hormonais). Para isso, o endocrinologista é o médico mais adequado para uma boa avaliação clínica e melhor definição da conduta.


A maioria dos nódulos não vai precisar de qualquer tratamento, bastando apenas a observação clínica com ultrassom anual até a certeza de que não há crescimento do mesmo. Quando necessitar de tratamento, a conduta será definida de acordo com o tipo de nódulo (maligno ou benigno), se produz ou não hormônios em excesso e se provoca algum sintoma local como dor ou compressão. 

Dentre as modalidades de tratamento, temos medicações, terapia com iodo radioativo ou cirurgia. A escolha da terapia depende, obviamente, do diagnóstico correto da lesão. Se ficou com alguma dúvida ou já possuí alguma lesão suspeita na região cervical, agende uma consulta com endocrinologista assim que puder para melhor avaliação do caso.




bottom of page